quinta-feira, 19 de abril de 2012

Os limites do pensamento protecionista: estatismo e autoconsciência na América Latina do século XX


Na aula 5, discutimos o momento no qual, finalmente, a idéia de América Latina chega aos agentes políticos, econômicos e sociais que se localizam no nosso subcontinente. O olhar retrospectivo nos informava que os sucessivos ciclos de dominação estrangeira eram as causas dos nossos atrasos; o olhar para o futuro nos exigia entender que era impossível romper com a subordinação através dos estágios de desenvolvimento. Seria então necessário saltar etapas através de um planejamento político-econômico sem paralelos até então, no qual o Estado teria um papel decisivo, direta e indiretamente. Seria promissor pensar que o futuro de cada país da América Latina poderia ser potencializado por uma série de novos acordos com seus vizinhos, superando assim o risco da assimetrias nas mesas de negociações. Em parte, os projetos da CEPAL e da ALALC seguiam nessa direção em meados do século XX. No entanto, o militarismo, a carência de capitais e o limites das políticas de substituição de importações trouxeram problemas para esse modelo de gestão territorial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário