sexta-feira, 2 de julho de 2010

RECUPERAÇÃO

Aqueles que ficaram em recuperação devem fazer o seguinte trabalho:

Como a Geografia Regional pode estudar a América Latina? Quais são as suas contribuições originais ao entendimento da América Latina de hoje? Exemplifique suas respostas.

I) Este trabalho é individual;
II) Ele deve ter no máximo 20 páginas com a seguinte formatação - fonte Times New Roman 12, espaçamento entre linhas de 1,5, uso de regras ABNT para citação;
III) O trabalho deve ser entregue até o dia 19 de Julho via email (rvalverde@usp.br);
IV) O método de avaliação será comparativo.

sábado, 26 de junho de 2010

Discussão das provas

Aos interessados, estarei na USP para receber as reclamações e entregar as provas nos dias 8 e 9 de Julho. Procurem-me entre 16 horas e 20 horas desses dois dias, na sala A-2. Aguardo a presença de vocês.

Rodrigo Valverde

terça-feira, 22 de junho de 2010

Notas do curso

Clique aqui para ter acesso às notas do curso.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Aula 15 - A esperança geográfica e a América Latina

Na aula 15, discutimos como a América Latina se constitui na atualidade em um projeto para o futuro, e não em um conjunto pré-concebido de países. Seus contornos regionais são diferentes de acordo com os eixos definidos para a sua avaliação: política, cultura e economia apresentam limites regionais distintos. De fato, países da América Latina que não possuem acordos econômicos como Brasil, México e Chile podem ter iniciativas políticas e culturais que os colocam conjuntamente. Outros países desconectados economicamente como Brasil e Venezuela podem dividir posturas diplomáticas comuns, estabelecendo alianças.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobre os trabalhos substitutivos

Aqueles alunos que perderam a primeira prova deverão fazer o trabalho substitutivo com o seguinte tema:
TRABALHO (substitutivo da Prova 1) Como o projeto regional de Simon Bolívar pode ser interpretado segundo um ponto de vista geográfico? Em quais sentidos tal projeto influenciou o surgimento da categoria América Latina? Quais são as influências desse projeto nos regionalismos dos dias de hoje?

Aqueles alunos que perderem a segunda prova deverão fazer o trabalho substitutivo com o seguinte tema:
TRABALHO (substitutivo da prova 2): Quais são as características de uma indústria cultural latino-americana? Em que sentido podemos encontrar uma dimensão geográfica nesse projeto? Quais são as regiões culturais da América Latina?
I. OS ALUNOS QUE FALTAREM AS DUAS PROVAS ESTÃO AUTOMATICAMENTE REPROVADOS POR ABANDONO DE CURSO.
II. O PRAZO MÁXIMO PARA ENTREGA DO TRABALHO É O DIA 01/07/2010. Nenhum trabalho será aceito posteriormente.
III. Os trabalhos devem ter NO MÁXIMO 20 PÁGINAS. A formatação exigida é a seguinte: fonte word, tamanho 12, com espaçamento entre linhas de 1,5. Os alunos devem seguir o padrão ABNT para citar obras.
IV. O método de correção será COMPARATIVO.

South of the Border

Esse filme ilustra a via política escolhida pelo projeto da ALBA, na qual o projeto de valorização do Estado e de uma independência latino-americana relativa ao mercado internacional se constituem nas bases para uma nova regionalização no continente. O diretor Oliver Stone estabelece como diferencial em relação à diplomacia do passado a perspectiva de um desvinculação das decisões políticas em relação aos interesses e valores americanos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aula 12 - A produção de uma identidade cultural latino-americana: o exemplo de Diários de Motocicleta

Na aula 12, observamos a construção de uma identidade latino-americana através de elementos retirados do filme Diários de Motocicleta (Walter Salles Junior, 2004). Através do desenvolvimento de uma indústria cultural, da valorização dos agentes marginalizados, do reconhecimento de cenários e de novos mitos fundadores, observa-se que a identidade cultural latino-americana ganha maior definição.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Aula 11 - A cultura como eixo de integração para a América latina


A cultura se constitui em um eixo diferenciado de integração para a América Latina, uma vez que mobiliza recursos, agentes, técnicas e contornos regionais distintos daqueles referentes às atividades econômicas. Na aula 11, foram avaliadas certas trocas culturais na América Latina que têm estimulado a criação de identidades latino-americanas, capazes de fortalecer os laços solidários internos e relativizar os riscos do imperialismo cultural no continente.


segunda-feira, 19 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Aula - O mal-estar da América Latina


A aula 6 (O mal-estar da América Latina) foi baseada em uma síntese dos dilemas da produção do espaço regional na atualidade: as antigas ideologias que orientavam a construção dos projetos nacionais passam por um amplo questionamento na atualidade. Tanto aqueles projetos que apresentavam um Estado forte, participativo no setor econômico, quanto aqueles outros, que se fundamentavam na abertura econômica e nas privatizações são colocados como insuficientes para alcançar um desenvolvimento econômico e social mais amplo.
Nesse momento, problematizam-se novamente os eixos políticos, econômicos e culturais que haviam transformado a idéia de América Latina, originária do imperialismo europeu, em um projeto de solidariedade e de libertação por parte da ação conjunta dos agentes locais. As ações militares, a precarização do espaço e o repúdio à integração ou até mesmo à democracia são sinais do mal-estar e das incertezas que parecem marcar a América Latina na atualidade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Aulas 1 e 2 em formato ppt

Os slides das aulas 1 e 2 em formato ppt já podem ser baixados.

Aula 5 - A nova fragmentação latino-americana


No final do século XX, o projeto de um Estado forte na América Latina sucumbe diante do quadro de recessão econômica mundial e da pressão dos credores estrangeiros. Nesse processo, a produção do espaço latino-americano se altera significativamente: política, economia e cultura passam a apontar para uma tendência clara a fragmentação no continente. Privatizações, críticas à identidade nacional, desconcentração do poder político do Estado se mostram como características dominantes nesse período. Dentro desse quadro, o Estado não é mais o agente principal da produção do espaço, pois cede boa parte do poder que concentrava no passado. Os slides podem ser recuperados aqui.

terça-feira, 23 de março de 2010

Aula 4 - Estatismo e auto-consciência na América Latina do século XX














Na Aula 4, discutimos as transformações na organização regional da América Latina do século XX, destacando sobretudo o papel do Estado forte nesse processo. A construção das identidades nacionais, as políticas industriais protecionistas, o processo de urbanização e a modernização da agricultura foram facetas desse processo de valorização do papel do Estado na produção do Espaço. Nota-se pela primeira vez o uso corrente da idéia de América Latina a partir da estrutura estatal, chegando-se a cogitar processos de cooperação regional através da mediação da CEPAL.

terça-feira, 16 de março de 2010

Eduardo Galeano: o destino da América Latina

Aula 3 - O imperialismo na América Latina independente


A aula 3 explora os arranjos regionais das diferentes vias do imperialismo na América Latina do longo século XIX (1774-1914): a) o liberalismo econômico inglês e sua corrente diplomática; b) os projetos culturais franceses e suas instituições e serviços no Novo Mundo; c) o Destino Manifesto americano e a expansão progressiva de sua área de influência. Os slides da aula 3 podem ser baixados aqui.

terça-feira, 9 de março de 2010

Programa do curso

O programa atualizado do curso já pode ser baixado aqui.

Aula 2 - América Latina como um espaço independente

A segunda aula foi dividida em dois blocos distintos. Primeiramente, foram estudados os diferentes contornos territoriais definidos pelos projetos de independência nas américas durante o século XIX. Posteriormente, foi debatida o surgimento e a projeção espacial existente da idéia de América Latina.
A idéia geral foi demonstrar que a idéia da cooperação entre países latino-americanos surge nesse período, mas as intensas transformações políticas, econômicas e culturais pelas quais esses passam ainda se constituem em barreiras para as suas alianças regionais. Nesse sentido, essa categoria de América Latina acabaria servindo mais a diferentes projetos imperialistas do que propriamente aos primeiros esforços de representação de uma América unificada.
Os slides da aula 2 estão disponíveis aqui.

domingo, 7 de março de 2010

A origem da idéia de América Latina

Segue abaixo um trecho do texto "Las dos Américas", apresentando o primeiro uso conhecido do termo América Latina (Correo de Ultramar, 15/02/1857). Esse texto foi escrito pelo diplomata José Maria Torres Caicedo e publicado em Paris por intermédio dos inúmeros intelectuais e refugiados que procuravam nessa cidade maior estabilidade para a defesa de suas idéias durante o século XIX. A versão integral do texto pode ser encontrada aqui.


"Mas aislados se encuentran, desunidos,
Esos pueblos nacidos para aliarse:
La unión es su deber, su ley amarse:
Igual origen tienen y misión;
La raza de la América latina,
Al frente tiene la sajona raza,
Enemiga mortal que ya amenaza
Su libertad destruir y su pendón.

La América del Sur está llamada
A defender la libertad genuina,
La nueva idea, la moral divina,
La santa ley de amor y caridad.
El mundo yace entre tinieblas hondas:
En Europa domina el despotismo,
De América en el Norte, el egoísmo,
Sed de oro e hipócrita piedad".

sexta-feira, 5 de março de 2010

Independência da América Latina 1808-1830


A direita, encontram-se os anos de independência dos países latino-americanos.
A esquerda, observa-se o movimento de criação e desaparição de países ao longo do século XIX: alguns projetos federalistas também surgiram e desapareceram em seguida: Grã-Colômbia, República Federal de Centro América, Guatemala Antiga, Confederação Peru-Boliviana, entre outros.

Aula 1 - Construindo as Américas nos séculos XVI-XVIII


A idéia geral da aula foi realizar uma observação das divisões do poder e da estrutura produtiva nas américas entre os séculos XVI e XVIII. Falamos de um período anterior a construção de idéia de América Latina, pretérito a qualquer discurso de identidade comum, de solidariedade, de valorização da língua ou da defesa da independência das suas civilizações. A idéia é ir além da idéia de colônias de exploração, tal qual se explora no contexto do ensino médio. Dentro dos projetos de ocupação e produção do espaço colonial na América Espanhola e na América Portuguesa, se encontrariam distinções que merecem maior cuidado.
No contexto da América Espanhola, destacou-se a presença forte da Coroa na estruturação do espaço colonial. Diversas instituições e práticas espaciais foram criadas e/ou contratadas para garantir a difusão dos interesses reais no novo continente: Vice-Reinos, Audiências, Casas de contratação, Encomiendas etc. Essa escolha se justificava como uma estratégia para controlar os recursos naturais existente no continente, com o grande problema dos altos custos da manutenção dessa estrutura de dominação.
No contexto da América Portuguesa, observou-se o papel proeminente dos agentes privados na ocupação e produção do espaço colonial. Para reduzir os custos do projeto colonial na Metrópole, grande liberdade foi concedida aos agentes produtivos, trazendo problemas como o da corrupção, dos abusos de poder, da violência e das falências. Com isso, esperava-se garantir um amplo controle territorial e obter maiores retornos comerciais, apesar da ausência de metais preciosos. As poucas instituições e agentes da Coroa que se encontravam na colônia possuíam poderes reduzidos e variados.
Os slides utilizados na aula podem ser encontrados aqui.

Aula 1

Historicamente, a América Latina não foi objeto recorrente da Geografia Regional. A discussão de suas divisões, a justificativa de suas desigualdades, a avaliação dos seus agentes foram em geral realizadas no contexto de dois discursos geográficos: aquele fundado no olhar exógeno da Geografia Tropical européia e aquele característico do pensamento sintético do subdesenvolvimento, de inspiração marxista. Ambos comportam simplificações da produção do espaço latino americano de acordo com suas preferências intelectuais.
O objetivo do curso de Geografia Regional da América Latina é rever os modos de se pensar, compreender e justificar as divisões espaciais dessa área. Essa iniciativa se justifica na medida em que os geógrafos têm sido cada vez mais freqüentemente convidados a participar de fóruns públicos, de discussões de projetos didáticos e de eventos científicos que utilizam novas formas de se interpretar a América Latina.
O curso se fundamenta no que há de mais particular ao conceito de região. De acordo com essa visão, a América Latina seria estudada a partir das seguintes categorias de análise: homogeneidade, extensão, hierarquia e autonomia. Também seria válida a idéia de região como uma escala intermediária, entre dois pontos extremos do poder.
O curso tem duas grandes partes. Na primeira, privilegia-se um olhar associado a construção histórica de divisões das Américas que, em um certo momento, se configuraria na idéia de América Latina. Na segunda parte, observam-se as transformações na divisão do espaço latino-americano a partir de diferentes dimensões: economia, política e cultura. Este curso terá duas provas individuais e sem consulta como avaliação: 19/04 e 14/06.