sexta-feira, 20 de abril de 2012

AULA 6 - O mal-estar da nova fragmentação latino-americana




Na aula 6, discutimos a análise que privilegia a América Latina como uma síntese, colocando conjuntamente economia, política e cultura no mesmo discurso. Tal análise chega ao final do século XX em um momento de amplo pessimismo. De fato, a análise estrutural e histórica da América Latina através de sua formação territorial convida ao entendimento que a autoconsciência, as políticas protecionistas e a soma das identidades nacionais não foram suficientes para gerar um sentimento de solidariedade e, muito menos, para se converter em um mecanismo a fim de alcançar um longo ciclo de desenvolvimento econômico e social. Ao constatar a ausência de garantias de desenvolvimento, as opções políticas, econômicas e culturais passaram novamente por uma fragmentação que interfere na organização territorial.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Os limites do pensamento protecionista: estatismo e autoconsciência na América Latina do século XX


Na aula 5, discutimos o momento no qual, finalmente, a idéia de América Latina chega aos agentes políticos, econômicos e sociais que se localizam no nosso subcontinente. O olhar retrospectivo nos informava que os sucessivos ciclos de dominação estrangeira eram as causas dos nossos atrasos; o olhar para o futuro nos exigia entender que era impossível romper com a subordinação através dos estágios de desenvolvimento. Seria então necessário saltar etapas através de um planejamento político-econômico sem paralelos até então, no qual o Estado teria um papel decisivo, direta e indiretamente. Seria promissor pensar que o futuro de cada país da América Latina poderia ser potencializado por uma série de novos acordos com seus vizinhos, superando assim o risco da assimetrias nas mesas de negociações. Em parte, os projetos da CEPAL e da ALALC seguiam nessa direção em meados do século XX. No entanto, o militarismo, a carência de capitais e o limites das políticas de substituição de importações trouxeram problemas para esse modelo de gestão territorial.

domingo, 1 de abril de 2012

Aula 4 - As três vias imperialistas na América Latina do século XIX


Na aula 4, discutimos as diferenças entre as três vias imperialistas na América Latina do século XIX. A crise do capitalismo liberal teria gerado então um novo ciclo de atividades monopolistas que, em um mundo sem regulações políticas e econômicas, se traduzia na formação de novos laços de dependência e de influência dos países centrais sobre os países periféricos. Nesse contexto, a via desenvolvida pela Inglaterra era derivada do seu poder econômico assimétrico (rede bancária, produtos industrializados, serviços de transporte e de energia), enquanto a via americana resultava de um expansionismo de fundo político e conectada à formação de sua identidade nacional, enquanto a via francesa se constituía através de sua especificidade cultural.