sexta-feira, 5 de março de 2010

Aula 1 - Construindo as Américas nos séculos XVI-XVIII


A idéia geral da aula foi realizar uma observação das divisões do poder e da estrutura produtiva nas américas entre os séculos XVI e XVIII. Falamos de um período anterior a construção de idéia de América Latina, pretérito a qualquer discurso de identidade comum, de solidariedade, de valorização da língua ou da defesa da independência das suas civilizações. A idéia é ir além da idéia de colônias de exploração, tal qual se explora no contexto do ensino médio. Dentro dos projetos de ocupação e produção do espaço colonial na América Espanhola e na América Portuguesa, se encontrariam distinções que merecem maior cuidado.
No contexto da América Espanhola, destacou-se a presença forte da Coroa na estruturação do espaço colonial. Diversas instituições e práticas espaciais foram criadas e/ou contratadas para garantir a difusão dos interesses reais no novo continente: Vice-Reinos, Audiências, Casas de contratação, Encomiendas etc. Essa escolha se justificava como uma estratégia para controlar os recursos naturais existente no continente, com o grande problema dos altos custos da manutenção dessa estrutura de dominação.
No contexto da América Portuguesa, observou-se o papel proeminente dos agentes privados na ocupação e produção do espaço colonial. Para reduzir os custos do projeto colonial na Metrópole, grande liberdade foi concedida aos agentes produtivos, trazendo problemas como o da corrupção, dos abusos de poder, da violência e das falências. Com isso, esperava-se garantir um amplo controle territorial e obter maiores retornos comerciais, apesar da ausência de metais preciosos. As poucas instituições e agentes da Coroa que se encontravam na colônia possuíam poderes reduzidos e variados.
Os slides utilizados na aula podem ser encontrados aqui.

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